A Casa do Baralho, episódio de hoje: O Golpe

Advertência: essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos, pessoas e situações reais é por conta da imaginação do próprio leitor.

O que antes era apenas um seguro, virou a principal estratégia  para o presidente B manter-se no cargo: esculhambar com o processo eleitoral. Assim como planejou explodir bombas no quartel em 1986, em operação que chamou de beco sem saída (e que lhe rendeu ser saído do exército), planeja agora detonar as urnas eletrônicas.

A poucos meses do pleito, mesmo tendo distribuindo benesses ao Centrão, via orçamento secreto, e benesses à população, por meio do auxilio isso, auxilio  aquilo, permanece  atrás nas pesquisas. Ao que parece, não foi o suficiente para que  o povo esquecesse as barbaridades do seu governo. O único jeito para se garantir de uma derrota é gritar lobo!!! No caso, fraude na apuração dos votos. E nisso aposta todas suas cartas. Para não parecer apenas papo de mau perdedor, ele grita antes de sair o resultado do pleito. Falou de fraude inclusive após ter sido eleito, dizendo que foi isso que o impediu de ganhar já no primeiro turno. Só que agora, como chefe da nação, colocou as forças armadas nesse jogo perigoso, com os militares questionando o Tribunal Superior Eleitoral sobre todo o processo. Com isso, o cheiro de golpe ficou insuportável.

Não é a primeira vez na história do Brasil que se alega fraude nas eleições para dar um golpe. Mas é a primeira vez que este golpe é aplicado pelo… próprio governo. É como se o CEO de uma multinacional de refrigerantes, por exemplo, declarasse que a fórmula do seu refrigerante não é confiável. E isso  com o intuito de não perder o cargo! Só na Casa do Baralho. E falando em embaralhar, a estratégia tem outra grande vantagem: enquanto os militares acuam a justiça eleitoral com seus questionamentos e a justiça tenta contra-atacar, não sabendo bem como, não se fala mais da inflação, do desemprego, da pandemia, do meio ambiente, da educação, dos ataques aos indígenas, enfim, de todos os temas importantes que deveriam ser discutidos às vésperas da eleição.

Para piorar a situação, o candidato da oposição, que lidera as pesquisas, anda soltando umas “perolas” de quando em vez, só para manter a disputa em patamar de suspense.

Apesar do mau cheiro, a elite continua tapando discretamente o nariz, fingindo que ninguém empestou a sala. Isso pode se revelar uma grande cagada.

Até onde irá o exército no jogo do presidente? Até onde irá a PF no inquérito desse golpe? Até quando continuará a elite a tapar o nariz? E o mais importante, conseguirá o Brasil não sair derrotado desse próximo pleito? Não perca, nos próximos episódios de A Casa do Baralho!

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